Facilidade em negociação aquece mercado imobiliário em Porto Velho

Quando se mudou para Porto Velho, em maio de 2012, o veterinário Fábio Jara tinha a intenção de comprar um imóvel na cidade de Porto Velho já nesta época, devido aos altos preços do aluguel. Mas com o mercado superaquecido, preços elevados e condições de pagamento pouco atrativas, Jara acabou desistindo do negócio. Quase um ano depois, o mercado passa por um momento de estabilidade e, aliado as condições facilitadas na hora do financiamento, quem tem experiência no ramo imobiliário garante: a hora de comprar é agora. E foi o que Fábio fez.

Aguardando o melhor momento para investir na casa própria, o veterinário economizou nas despesas e, em dezembro do ano passado, ao perceber uma queda no valor dos imóveis e mais vantagens para financiar, Fábio está prestes a sair do aluguel. “Consegui negociar de acordo com as minhas possibilidades, pude adquirir algo melhor, maior, com um preço mais acessível”, conta Jara.

Após o “boom” econômico com a chegada das usinas do Madeira, inúmeros empreendimentos imobiliários sugiram, transformando a capital em um verdadeiro canteiro de obras. Passada a onda dos lançamentos e vendas; do período de execução das obras; é chegada a hora das entregas e financiamentos, explica Guilherme Diamante, diretor de vendas de uma empresa especializada no ramo.

De acordo com Diamante, o mercado imobiliário é formado por este “efeito de ondas” e com o grande número de pessoas que, durante a execução da obra, não conseguiram realizar o financiamento do imóvel, fez que com que, ao final, gerasse um estoque para as empresas. “O que acontece é que, com isso, hoje o cliente tem mais opções e consegue pesquisar e procurar o melhor negócio. O poder de negociação do cliente é maior do que antes e as bases de financiamento muito maiores”, explica o diretor financeiro.

Em 2012, a Caixa Econômica Federal (CEF) financiou aproximadamente R$ 2 bilhões para compra de imóveis no Estado de Rondônia. Para 2013, a expectativa é que este valor seja ultrapassado tendo em vista o baixo valor da taxa de juros, variando de 5% a 8%, e a ampliação do prazo de pagamento para até 420 meses.

Foram justamente as melhores condições de pagamento e juros mais baixos para o financiamento que fizeram Fábio Jara batesse o martelo e adquirisse seu imóvel. “Pesquisei o financiamento e além de ver o menor índice estudei as melhores condições oferecidas pelos bancos”, afirma.





De acordo com Guilherme Diamante, não só em Porto Velho, mas em todo país, o número de imóveis prontos para venda aumentou nos últimos quatro meses, um fenômeno natural dentro do mercado, que também vem acompanhado do aumento da intenção de compra. “As pessoas continuam chegando de fora; outras casam, ou simplesmente decidem morar sozinhas; melhoram a condição financeira; buscam algo melhor, então isso vai continuar acontecendo”, exemplifica Diamante.

O diretor de vendas salienta que o preço do imóvel não deve cair, o que acontece no momento é uma estabilidade no mercado e uma maior facilidade no financiamento e possibilidade de negociação, mas que o cenário deve voltar a ser o que era antes nos próximos três meses. “O mercado tende a continuar a valorização e as empresas tendem a continuar investindo. Talvez em número menor, mas continua”, afirma. Segundo Diamante, a previsão é de que a valorização do imóvel continue a crescer, em média, 15% ao ano.

Segundo Cláudio Aparecido Fernandes, gerente regional de construção civil da CEF, as facilidades e a estabilidade em que vive o setor imobiliário no estado deixa o momento propício para comprar a casa própria. “Hoje há mais oferta do que procura, isso fez com que o valor do imóvel fosse reduzido, deixando o momento atrativo para comprar imóvel, seja ele usado, na planta ou pronto”, diz o gerente.

Cláudio explica que qualquer valor é financiável. A pessoa precisa apenas estar sem restrição no Cadastro de Pessoa Física (CPF) e apresentar documento de identidade, comprovante de renda e residência, além de indicar o imóvel que deseja comprar. “Para financiar não importa se o imóvel está na planta ou pronto. As condições serão as mesmas. O comprador é quem precisa saber a sua necessidade”, diz Cláudio.

Outra forma de aquisição da casa própria é utilizando o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Para isso, o gerente afirma que a pessoa precisa ter depósito mínimo de três anos, não possuir imóvel no município onde deseja comprar, e não ter financiamento pela CEF. Após apresentar toda a documentação, o prazo para o financiamento ser liberado é de até 30 dias, incluindo o prazo para análise e avaliação do imóvel.

“Estamos num bom momento. Há cerca de 10 anos, de cada 100 imóveis comprados, apenas 30% era financiado. Hoje, financiamos cerca de 70%”, diz Cláudio.

Fonte: G1





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